A temporada tem sido marcante para um talentoso jovem das categorias de base do Vasco da Gama. Apesar da pouca idade, Paulo Vitor, de apenas 17 anos, possui números de dar inveja a qualquer atleta profissional. Com 16 gols, o atacante é o artilheiro do Gigante da Colina no ano. Nenhum outro jogador do clube balançou mais vezes as redes que ele em 2017, incluindo os que atualmente defendem a equipe principal.
O detalhe curioso é que o artilheiro não exercia a função de centroavante nas categorias anteriores. Paulo Vitor atuava nas pontas e se destacava preparando jogadas para os homens de área. Após a Copa São Paulo, entretanto, em virtude da contusão de Hugo Borges, goleador cruzmaltino nas duas últimas temporadas, foi escolhido pelo treinador Marcus Alexandre para vestir a camisa 9 e não pensou duas vezes em encarar o desafio.
- Eu confio no professor Marcus Alexandre, que acredita bastante no meu potencial. Como já trabalhou comigo, ele sabia que eu poderia dar um bom retorno ali. Já joguei em diversas posições, como meia, atacante de lado, lateral-direito e até mesmo lateral-esquerdo com a perna trocada. Sou um jogador que sempre buscará atuar na posição que o time precisar. Estou sempre disposto a ajudar o Vasco e meus companheiros - afirmou Paulo Vitor.
Em São Januário, na tarde da última quarta-feira (03/05), o atacante voltou a brilhar com a camisa vascaína. Foram dele os dois gols do triunfo sobre o Vitória, que colocou o Gigante da Colina em vantagem nas quartas de final da Copa do Brasil sub-20. O rendimento excelente fez Paulo Vitor se tornar artilheiro isolado da competição e sair de campo ovacionado pela torcida, que compareceu em bom número ao Caldeirão.
Foi um jogo muito difícil. O Vitória veio bem fechadinho, mas conseguimos trabalhar a bola e fazer os gols. Nosso objetivo era sair com a vitória para ter uma vantagem e conseguimos. A equipe foi bem, teve o espírito de Vasco, de lutar em todos os momentos. Graças a Deus, pude fazer dois gols e ajudar o time a sair com a vitória. É muito importante ver o trabalho ser reconhecido, mostra que o esforço está dando resultado, mas é preciso manter os pés no chão e continuar trabalhando, para que isso possa acontecer mais vezes - declarou o jovem.
