quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Estado de Calamidade Pública


Colégio é usado como necrotério em Nova Friburgo; chuva mata 221 no Rio

A Defesa Civil de Nova Friburgo, no Rio de Janeiro, informou no início da noite desta quarta-feira que o total de mortes no muncípio em decorrência das chuvas subiu para 81. Em Teresópolis, o número de mortes também subiu e já são 122. Com isso, são 221 mortos na região serrana

Os corpos das vítimas estão sendo levados provisoriamente para um colégio da cidade, antes de serem transferidos para o IML (Instituto Médico Legal). O Corpo de Bombeiros não informou o motivo pelo qual os corpos foram encaminhados para o Instituto de Educação de Nova Friburgo, que fica no centro.

O cenário em Nova Friburgo é de caos. A cidade está coberta de lama e muitas pessoas estão desabrigadas. As ruas estão repletadas de pessoas que perlambulam à procura de um abrigo.

DESLIZAMENTO

Até o fim da tarde, ao menos 15 homens do Corpo de Bombeiros trabalhavam no resgate de quatro pessoas que estão sob os escombros de imóveis que desabaram no centro da cidade na madrugada.

Duas das vítimas são dois bombeiros que foram atingidos por um segundo desabamento no mesmo local no fim da manhã.

Quatro bombeiros já haviam sido resgatados e encaminhados para atendimento médico. Três deles foram liberados. Apenas Ronald Lopes, 29, permanece internado no hospital Raul Sertan.

O deslizamento de terra na rua Augusto Spinelli atingiu quatro casas, um prédio de quatro andares, uma loja e um lava-jato. Na localidade, foi registrado o maior número de vítimas das chuvas na cidade. Entre os mortos, dois eram crianças --uma de três e outra de seis anos.

Segundo relatos de moradores, ainda há mais de dez desaparecidos no local.

FAMILIARES

Parentes das vítimas se aglomeravam no local em busca de informações --escassas por conta da queda das redes de telefonia celular na cidade. Entres os familiares, estavam mulheres e filhos dos bombeiros.

Casada com sargento Marcos Antonio Herly da Conceição, 42, Isolina Freiman, 47, estava muito emocionada e surpresa com o soterramento do marido. "Nunca imaginei que isso pudesse acontecer agora. Ele ia se aposentar em 2016. Estou com muito medo, mas, se Deus quiser, vai dar tudo certo."