quinta-feira, 14 de junho de 2012


Agnelo depõe por dez horas à CPI; veja principais falas do governador.
Em depoimento que durou cerca de dez horas à CPI que investiga as relações do bicheiro Carlinhos Cachoeira com políticos e empresários, o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT-DF), negou nesta quarta-feira (13) que o grupo do contraventor tenha influência em seu governo e afirmou ser vítima de uma "trama".
Ele assinou documento no qual autoriza a quebra de seus sigilos telefônico, bancário e fiscal - depois de Agnelo dizer que abriria o sigilo, o governador de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB, que depôs no dia anterior, anunciou em Goiânia que fará o mesmo.
O depoimento de Agnelo começou às 10h30, quando o governador fez considerações iniciais. Depois, ele passou a ser questionado pelos parlamentares da comissão. A oposição o pressionou sobre a compra de uma casa e o suposto favorecimento a um empresário quando era diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), antes de ser governador. A sessão para ouvir Agnelo foi encerrada às 20h26. 
Agnelo foi o segundo governador a ser ouvido por deputados e senadores na comissão parlamentar de inquérito. Nesta terça-feira (12), o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), falou por oito horas e meia à CPI e negou influência de Cachoeira no estado. 
As investigações da Polícia Federal indicam que o bicheiro atuaria como "sócio oculto" e lobista da construtora Delta, que mantinha contratos de limpeza urbana com o governo do Distrito Federal. As interceptações mostraram que o grupo do bicheiro teria também tentado fraudar licitação de bilhetagem eletrônica no transporte público do Distrito Federal, negócio que acabou não se concretizando.