segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Meditação de um caus

Um momento se paramenta, não com a força e o poder divino de um ato litúrgico, porém com a implacabilidade que o tempo expõe pelo não regresso ao instante que passou.

Assim segue a vida, sempre aludida a momentos políticos, pois somos seres políticos como bem definiu Aristóteles em sua sabedoria filosófica, como o aluno mais admirado por Platão, na antiguidade de 428 a 348 a.C. A idade de Platão.

Todo esse prenúncio que antecede o tema que escolhi para desenvolver hoje, nesse blog do meu amigo Canelinha, recai no momento que estamos vivenciando neste país dantes maravilhoso, de um Rio de Janeiro lindo, berço da garota de Ipanema, criação e tema da poesia de Vinícius de Moraes, musicalizada por Tom Jobim. Porém, a previsão contaminadora da corrupção, antes de ser prevista nos postulados da lei por meios constitucionais, do direito já havia sido observada nos idos do século IV a.C, pelo extraordinário orador Grego Demóstenes, ao cunhar em, feliz retórica; Minhas orelhas estão enfermas de tanto ouvirem mentiras e bajulações.

Hoje respiramos o ar de um país cambaleante, atingido em seu cerne político pela culpa mais horrenda de mandatários inescrupulosos beneficiados pelos nossos votos. Nesse turbilhão avassalador de destruição, instala-se a metamorfose da nossa economia, sempre levada ao descaso de quem deveria defender prerrogativas constitucionais.

Portanto, ficamos a ver navios navegando em águas comprometidas por abalos causados por rupturas de placas tectônicas, tudo isso, resultado de canalhices expostas pelos criminosos dos mensalões, lava jato e do petrolão, deixando-nos mergulhados em caus profundo. Então podemos perguntar: o que devemos fazer? A resposta não será tão fácil, mas poderá ser dada pelo voto.


Francisco Stefson de Souza
Bacharel em Direito