sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Após denúncias publicadas em VEJA desta semana, ministra pede demissão


O braço direito de Dilma Rousseff não é mais a ministra-chefe da Casa Civil. Erenice Guerra escreveu sua carta de demissão do cargo nesta quinta-feira após cinco meses no comando da pasta. Em seu lugar, deve assumir a secretária-executiva do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Miriam Belchior.

No final da manhã, Erenice se reuniu com Lula e com o ministro das Comunicações, Franklin Martins, para acertar seu pedido de demissão e escrever uma carta para o anúncio da decisão conjunta. O presidente também esteve reunido com Guido Mantega, ministro da Fazenda, e Celso Amorim, ministro das Relações Exteriores para discutir o caso.

A sucessora da candidata petista à Presidência da República não resistiu às denúncias publicadas em VEJA desta semana, que revelaram que seu filho, Israel Guerra, comanda um esquema de lobby dentro da Casa Civil. Por meio do pagamento de uma "taxa de sucesso", o filho da ministra facilita a aproximação entre empresários e o governo. Israel é dono da empresa Capital Assessoria e Consultoria e marcava reuniões entre os interessados no negócio e a ministra para garantir sua influência no contrato.

Um empresário do setor aéreo relatou ter conseguido contratos de 84 milhões de reais nos Correios após pagar um percentual de 6% ao grupo de lobistas. Na última segunda-feira, 13, um dos assessores da Casa Civil citados no esquema, Vinícius de Oliveira Castro, pediu demissão.