quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Benes Leocádio: “Defendo que a aliança do PMDB com Rosalba seja mantida”

O prefeito de Lajes, Benes Leocádio, presidente da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (FEMURN), liderança política do PMDB ligada ao presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, dirigente geral do PMDB no Estado, defendeu a manutenção da aliança do PMDB com a governadora Rosalba Ciarlini (DEM). A posição de Benes foi externada um dia após o líder do PMDB na Assembleia Legislativa, deputado Walter Alves, defender abertamente o rompimento da legenda com o governo e a entrega dos cargos que o PMDB possui na administração, com vistas ao lançamento de candidatura própria da sigla para concorrer nas eleições do ano que vem ao governo do Estado.

Para Benes, que, assim como Henrique, não votou em Rosalba, mas que passou a apoiar o governo desde o final de 2011, o PMDB deve manter a aliança com Rosalba, e mais: deve priorizar a proposta de reeleição da governadora, tendo em vista que é um direito dela se candidatar ou não para mais um mandato à frente do executivo estadual. “Ainda espero por uma recuperação da governadora”, afirmou o peemedebista.

Ao abordar a declaração do deputado Walter, Benes disse que escuta “muita reclamação de todos os partidários, e inclusive dos que votaram nela”. Para ele, entretanto, Rosalba “está pagando o preço pelo dever de casa que tem tentando fazer, e pelas medidas não muito simpáticas” que tem adotado frente à gestão. Ele disse ainda que “mesmo compreendendo que o Estado passa por imensa crise, de dificuldade não só do RN, a situação dela é muito delicada”. “Quanto ao partido, o deputado Walter fez parte da base e apoiou a governadora Rosalba. Certamente está externando ainda mais essa insatisfação”, observou ainda.

Apesar de afirmar “compreender” a postura de Walter, Benes defendeu “que se deve aguardar a posição das lideranças do partido, que estão para ser ouvidas”, disse, numa referência ao encontro estadual do PMDB que acontecerá provavelmente em outubro. “Minha posição, assim como foi de não votar nela, é a mesma do presidente do PMDB, Henrique Eduardo Alves: qualquer decisão eu prefiro ouvi-lo primeiro”, disse Benes, ao ser instado a falar sobre a possibilidade de rompimento da legenda com o governo.


ALTERNATIVAS

Segundo o presidente da FEMURN, apesar da declaração do líder do PMDB na Assembleia Legislativa, a alternativa de rompimento dos peemedebistas com o governo Rosalba vai passar por uma avaliação interna. “Essa avaliação vai dizer qual será o caminho: apoiaremos uma reeleição de Rosalba, se ela se recuperar – o que ainda espero – ou se partiremos para um projeto de candidatura própria do partido, naturalmente analisando com os demais líderes que fazem parte da aliança”, frisou, se referindo ao DEM do senador José Agripino, ao PR do deputado federal João Maia e ao PP do presidente da Assembleia Ricardo Motta.

Para o prefeito de Lajes, “em algum momento vai ter que ter uma definição”. “Se o projeto de reeleição da governadora não se sustentar, que é natural o direito de reeleição, o PMDB ainda estando na base, deverá tomar uma decisão. Acredito que (essa decisão) passará pela análise das condições de elegibilidade dela. Não prosperando, penso eu que partiremos para uma avaliação dos partidos que compõe a base de apoio. Após o nome dela, vejo como possibilidade um nome do PMDB”, disse.

Portanto, apenas não prosperando a tese de candidatura à reeleição de Rosalba, o PMDB deverá avaliar se lança candidato próprio. E entre os possíveis candidatos peemedebistas, segundo Benes, primeiro está o ministro da Previdência, Garibaldi Filho. “Aí depois analisando os demais”, sugere. “Claro que em condições de competitividade, pelo que vimos escutando das bases do partido e até de outros partidos, se a aliança com Rosalba não prosperar, ou se ela chegar ao ponto de reconhecer essas dificuldades, o PMDB é o que tem as melhores condições com mais de um nome. O ministro Garibaldi, o deputado Henrique, o deputado Walter têm excelentes condições de encabeçarem a aliança vitoriosa”, completou.