quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Antônio Jácome destaca campanha Novembro Dourado

A necessidade do diagnóstico precoce nos casos de câncer infantil e a campanha Novembro Dourado foram abordados no plenário da Assembleia Legislativa do RN pelo deputado estadual Antônio Jácome (PMN).

“O poder público precisa dar muito mais atenção para instituições como o Hospita lnfantil Varela Santiago, Casa de Apoio as Crianças com Câncer e outras, para que não fiquem sem amparo. Que não passem pelo risco de fechar, como constantemente vemos nos jornais”, alertou.

Segundo dados apresentados pelo parlamentar a taxa de sobrevida das crianças portadoras de câncer pode chegar a 80% quando a doença é detectada precocemente. Mesmo assim, no Brasil, o câncer representa a primeira causa de morte por doença entre as crianças e adolescentes de um a 19 anos.

As neoplasias malignas mais frequentes em crianças são as leucemias, os tumores do sistema nervoso central e os linfomas. Os tumores malignos na criança tendem a apresentar menores períodos de latência, crescem quase sempre rapidamente, são geralmente invasivos e respondem melhor à quimioterapia. Diferentemente do câncer do adulto, na criança as neoplasias geralmente afetam as células do sistema sangüíneo e os tecidos de sustentação, enquanto que no adulto compromete as células do epitélio, que recobre os diferentes órgãos.


Diagnóstico precoce

O diagnóstico precoce possibilita a detecção da neoplasia em estádios mais específicos, reduzindo as complicações agudas e tardias do tratamento e contribuindo para a maior porcentagem de cura.

Nesse contexto, o pediatra tem papel fundamental, pois lhe compete incluir e investigar a hipótese de câncer em algumas situações clínicas da prática pediátrica. As chances de cura, a sobrevida, a qualidade de vida do paciente, bem como a relação efetividade/custo da doença é maior quanto mais precoce for o diagnóstico do câncer.


Sinais e sintomas de alerta

A história clínica e o exame físico são os primeiros passos no processo de diagnóstico do câncer. A história familiar e a presença de doenças genéticas ou constitucionais também auxiliam nas orientações para o diagnóstico. Na maioria das vezes, os sintomas são similares aos de doenças benignas comuns da infância, motivo pelo qual o pediatra deve estar atento.

Os principais sinais de câncer infantil estão associados à mancha branca nos olhos, perda recente de visão, estrabismo, protrusão do globo ocular, aumento de volume (massa) do abdome e pelve, cabeça e pescoço, membros, testículos e glândulas. Os pais devem ficar atentos também aos casos de sintomas sem explicação como febre prolongada, perda de peso, palidez, fadiga, manchas roxas pelo corpo e sangramentos.

Situações em que ocorrem dores nos ossos, nas articulações, nas costas e fraturas sem trauma proporcional devem ser observadas. Outros sinais neurológicos que merecem atenção estão relacionados ao desequilíbrio, alteração da marcha e fala, perda de habilidades desenvolvidas, dor de cabeça por mais de uma semana com ou sem vômitos e aumento do perímetro cefálico.