quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Saúde

Mais carboidratos no café da manhã podem melhorar a concentração, diz pesquisa da UFRN.


Resultados apontaram que, quanto maior a quantidade de 
carboidratos no café da manhã, melhor o desempenho 
obtido pelos estudantes.
Uma maior quantidade de carboidratos consumidos no café da manhã pode aumentar a capacidade de concentração. Foi o que concluiu uma pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), conduzida pela estudante de Nutrição Helena Cristina Dantas.

O estudo avaliou a influência dos nutrientes de diferentes desjejuns sobre o desempenho de universitários em Testes de Atenção Concentrada (TEACO-FF), exames que calculam a capacidade de uma pessoa em selecionar apenas uma fonte de informação, em um tempo predeterminado, diante de vários estímulos que tentam distraí-la.

Os testes foram aplicados em 55 alunos, sempre às 7h , em diferentes estados de alimentação. Refeições de variadas cargas glicêmicas – quantidades de carboidratos –, compostas por alimentos que faziam parte dos hábitos dos voluntários, eram previamente pesadas e acondicionadas de forma individual.

Os resultados apontaram que, quanto maior a quantidade de carboidratos no café da manhã, melhor o desempenho obtido pelos estudantes. “A informação fornecida pelo trabalho, a meu ver, é bastante aplicável à nossa rotina”, observa Helena Cristina Dantas. “Em situações especiais, como antes de provas de concursos, o indivíduo pode consumir um desjejum de alta carga glicêmica, objetivando uma melhora nos processos de atenção concentrada durante a prova”, exemplifica.

As investigações foram desenvolvidas durante o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da estudante de Nutrição, no final de 2013, sob orientação da professora Ana Cecília Queiroz de Medeiros, da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi (FACISA), unidade da UFRN em Santa Cruz.

A jovem pesquisadora pretende dar sequência ao estudo. Entre os objetivos, encontram-se caracterizar a população analisada de acordo com idade, gênero e características socioeconômicas, além de avaliar o estado nutricional dos universitários pelo índice de massa corpórea, as circunferências da cintura e do pescoço e o índice de conicidade. “Ainda há a necessidade de mais pesquisas nesta linha, que ainda é pouco estudada, principalmente no Brasil”, afirma Helena.


BOLETIM ESPECIAL DA UFRN.