Lula assina decreto que endurece regras para educação à distância
De acordo com as novas diretrizes, fica proibido que qualquer curso de graduação seja ministrado integralmente à distância. Além disso, áreas como medicina, direito, odontologia, enfermagem e psicologia deverão, obrigatoriamente, ser oferecidas apenas em regime presencial, sem qualquer componente EAD.
A decisão surge em meio a uma escalada nas matrículas em cursos à distância nos últimos oito anos — um salto de 1,7 milhão para 4,9 milhões de estudantes, o que representa um crescimento de 179%. O avanço foi acompanhado de crescentes dúvidas sobre a solidez da formação acadêmica proporcionada nesses programas, especialmente em cursos que demandam experiência prática intensiva.
Críticas vêm sendo dirigidas à lógica que permite a formação de profissionais como enfermeiros e professores com grande parte da carga horária cumprida virtualmente. Em certas licenciaturas, por exemplo, apenas os estágios obrigatórios continuam sendo realizados presencialmente, o que, para especialistas e gestores públicos, compromete a qualidade do ensino e da preparação técnica dos graduandos.