Com Faixa Gigante, Grupo Faz Protesto Na Avenida Paulista Contra Projeto de Lei Que Flexibiliza Regras de Licenciamento Ambiental

 

Um grupo de pessoas protestou neste domingo (13), na Avenida Paulista, contra o chamado PL da Devastação, projeto de lei aprovado pelo Senado em maio deste ano que flexibiliza as regras de licenciamento ambiental no Brasil (veja mais abaixo).

Durante o ato, integrantes da Frente São Paulo Contra o PL da Devastação, movimento da sociedade civil organizada, estenderam uma faixa de 100 metros de comprimento por 3,5 metros de altura a partir do prédio do MASP. No centro da faixa, em destaque, está a mensagem: “Veta, Lula!”.

A proposta foi para que os pedestres que passassem pela Avenida Paulista desenhassem, pintassem ou escrevessem mensagens ao Congresso e ao presidente, em manifestação contrária ao PL 2159/21. Segundo os organizadores, a faixa será posteriormente entregue ao presidente no Palácio do Planalto.

“Nosso objetivo é claro: deter o PL 2159/21, conhecido como PL da Devastação, um projeto que representa um retrocesso sem precedentes para a legislação ambiental brasileira. O PL propõe a autolicença para empreendimentos, permitindo que empresas preencham um formulário online e declarem boa conduta ambiental, sem qualquer análise prévia. Essa Licença por Adesão e Compromisso (LAC) pode se tornar a regra, tornando o licenciamento ambiental a exceção”, destacou Annebelle Andria, da coordenação do movimento, em nota divulgada.

A Frente São Paulo Contra o PL da Devastação é uma iniciativa da sociedade civil que integra o movimento nacional pela proteção ambiental Rede Convergente, e surgiu da crescente preocupação com o futuro do meio ambiente no país.







Bolsonaro Reforça Anistia Como Solução Para Tarifaço de Trump


O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) defendeu neste domingo (13) que a anistia aos condenados pelos atos criminosos de 8 de Janeiro seria o caminho para “restabelecer a paz” no Brasil e uma forma de solucionar a crise aberta com os Estados Unidos, após o anúncio de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. 

“O tempo urge, as sanções entram em vigor no dia 1º de agosto. A solução está nas mãos das autoridades brasileiras. Em havendo harmonia e independência entre os Poderes, nasce o perdão entre irmãos e, com a anistia, também a paz para a economia”, afirmou Bolsonaro. A sobretaxa foi anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e está prevista para entrar em vigor em 1º de agosto. 

A medida foi formalizada em uma carta enviada diretamente ao presidente brasileiro. No documento, Trump também critica o julgamento de Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF), classificando-o como uma “vergonha internacional”. 

Após o anúncio, parlamentares da oposição passaram a defender que uma possível solução seria pautar o projeto de anistia no Congresso Nacional. No entanto, a proposta enfrenta resistência por parte da base governista, que descarta a possibilidade de votação do tema. Ainda durante sua declaração, Bolsonaro disse não se alegrar com a imposição da tarifa: “Não me alegra ver sanções pessoais, ou familiares, a quem quer que seja.

 Não me alegra ver nossos produtores do campo ou da cidade, bem como o povo, sofrer com essa tarifa de 50%”, afirmou. Segundo ele, a carta enviada por Trump não tem apenas caráter econômico, mas representa também um posicionamento sobre liberdade. “Todos conhecem a forma como o chefe da maior potência do mundo negocia.

 Há pouco, seu vice disse na Europa que não mais colocaria recursos do contribuinte americano para defender países que deixaram de lado valores comuns aos seus povos”, declarou Bolsonaro. Lula reage e reforça soberania brasileira O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também se manifestou sobre o tema. 

No sábado (12), por meio das redes sociais, ele afirmou que o Brasil adotará medidas para proteger sua população e seus setores produtivos diante das sanções impostas por Washington. “A Justiça brasileira precisa ser respeitada. Somos um país grande, soberano, e de tradições diplomáticas históricas com todos os países. O Brasil vai adotar as medidas necessárias para proteger seu povo e suas empresas”, escreveu. 

A declaração mantém o tom firme adotado por Lula desde o início da crise. Na sexta-feira (11), durante agenda no Espírito Santo, ele já havia sinalizado que, caso os Estados Unidos não recuem, o Brasil responderá com base no princípio da reciprocidade. 

Disputa digital acirra debate político A reação norte-americana desencadeou uma batalha de narrativas nas redes sociais. 

Desde a última quarta-feira (9), quando Trump oficializou a taxação, o tema domina o debate online. Aliados de Bolsonaro responsabilizam Lula pela medida, alegando que o alinhamento do governo brasileiro com países do BRICS e o julgamento do ex-presidente teriam motivado atritos com os EUA. A hashtag #ACulpaÉDoLula passou a circular entre influenciadores e parlamentares conservadores.

 Por outro lado, apoiadores do governo afirmam que a família Bolsonaro age em benefício próprio, colocando em risco a imagem do Brasil no cenário internacional. Como reação, o PT lançou a campanha #DefendaOBrasil, com o objetivo de mobilizar sua base e reforçar o discurso de defesa da soberania nacional. https://www.youtube.com/watch?v=77QfizxjGMg&pp=0gcJCb4JAYcqIYzv


Fonte: CNN Brasil