Ex-deputado alertou que Arena em Natal seria gol contra o erário público

Foco Sertanejo
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Foro Rafael Maia

O então deputado estadual José Adécio (DEM) registrou, durante pronunciamento na Assembleia Legislativa, que foi contra a construção da Arena das Dunas, em Natal, desde o surgimento da proposta. A obra erguida em 2014 no lugar do Estádio Machadão recebeu jogos da Copa do Mundo e está no centro de investigações que apuram supostos desvios de dinheiro público. Engenheiro civil antes de se tornar político,  o democrata relatou que sempre se posicionou de modo contrário à edificação do equipamento esportivo por razões técnicas. “Nunca precisei jogar para a plateia, como dizem popularmente. Seria mais cômodo entrar na onda da Copa do Mundo, mas não seria irresponsável de fazer isso tendo o conhecimento que tenho no campo da construção civil. Nunca fui contra os jogos em Natal, mas era perfeitamente possível a reforma do Machadão, sem precisar gastar tanto dinheiro”, disse em matéria publicada pelo portal Agora RN, em 19 de setembro de 2017.
“Naquela época eu perdi votos por isso, mas hoje vejo que eu estava certo. Eu fiquei sozinho na luta. Apareceram vários pais e várias mães desse ‘elefante branco’. E hoje, quem assume a defesa dessa obra, que tem provocado tantos problemas e é vista no Brasil como mais uma arena a dar prejuízo? Aonde estão os pais e mães daquela época, 
que tanto me criticaram?”, questionou, lembrando ainda promoveu uma audiência pública sobre o tema, na qual apresentou dados técnicos que ressaltavam a aceitação, por parte da Fifa e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), da reforma no Machadão, que atenderia as exigências das entidades
“Fui assessorado, naquela ocasião, pelo experiente arquiteto Moarcir Gomes. Na construção do Machadão, na época Castelão, foram gastos cerca de R$ 70 milhões e pouco tempo antes da Copa 2014, o prefeito Carlos Eduardo Alves havia gasto R$ 19 milhões no estádio. Nada disso foi levado em conta”, lamentou. “A construção da Arena das Dunas foi um gol contra o bom senso e o respeito com o erário público. O prejuízo está aí e será pago pelo povo do Rio Grande do Norte, mas tenho a consciência tranquila por saber que minhas digitais não serão encontradas numa obra tão desnecessária”, concluiu.


Fonte: Noticias Palumbo





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