De acordo com o boletim da Emparn, as chuvas que caíram em Natal das 7h da manhã de terça às 7h de ontem totalizaram 91,6 mm. Ainda assim, a chuva da capital foi menos de metade da registrada em Baía Formosa, onde o pluviômetro apontou 221,8 mm. A previsão é de que o período chuvoso em Natal prossiga até julho. Também houve notificação de chuvas fortes em cidades como Senador Georgino Avelino (191,6 mm) e Nova Cruz (105,0 mm). Em Natal, os transtornos com alagamentos, engarrafamentos e buracos se repetiram. No bairro de Cidade Nova, na rua São Miguel, a casa onde moravam o marceneiro Anderson Fernandes Ferreira, de 28 anos, com a esposa e quatro filhos, foi invadida pelas águas. Na manhã de ontem, ele já providenciava a mudança para outra residência. “Aluguei essa casa agora, há poucos dias, e mudei para cá no último sábado, inocente, sabendo que alagava a rua, mas não que chegaria a isso”, lamentou o pai de família.
Nem mesmo a calçada alta e a barreira de alvenaria erguida na porta da sala impediu o estrago. Na rua, todas as casas da área possuem proteções semelhantes, devido ao fato de o problema se repetir anualmente, em cada período chuvoso. “No meio da rua a água tava na altura do meu peito. Como tenho 1,63 m, então devia estar em 1,30 m. Dentro de casa chegou a 60 cm”, calcula.
Ele foi informado do problema na tarde de terça-feira e deixou o trabalho para tentar salvar os móveis da casa. Ele passou a noite acordado, sozinho na residência, mas não evitou a perda de três colchões, camas, armários e um guarda-roupa. “Vou me mudar porque aqui não dá mais para ficar”, resumiu.
Fonte: Tribuna do Norte
