sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Pedra Preta

Prefeito e Vice concedem entrevista ao Bom Dia RN

Na manhã desta quinta (07), o prefeito Luiz de Haroldo chegou de Brasília/DF aonde estava buscando ajuda do Governo para o município de Pedra Preta devido aos abalos sísmicos que vem ocorrendo com frequência e já conta com prejuízos em prédios públicos e casas na cidade e zona rural. Ao chegar em Pedra Preta, a equipe da Inter TV Cabugi já estava a espera do Prefeito para gravar o Bom Dia RN, primeiro jornal do dia na filial da Rede Globo. Junto com Luiz, o vice prefeito Guilherme também falou ao Jornalista Amorim Neto. Prefeito e vice expressaram sua preocupação ao longo desses dias, sempre buscando ajuda necessária para se algo pior vier acontecer.



Com medo de tremores, família dorme em carroceria de caminhão

Cícero Avelino, de 60 anos, a mulher, Maria Cavalcanti, de 56, um filho, a nora e três netos dormem na carroceria de um caminhão há oito dias. Moradores de Pedra Preta, município localizado a 149 km de Natal, eles deixaram de passar a noite dentro de casa por medo dos sucessivos tremores de terra que vêm ocorrendo na cidade. “A gente tem medo da casa desabar e o telhado cair em cima da gente. É uma sensação muito ruim, um medo muito grande. Só sabe quem já sentiu”, conta o agricultor.

A casa da família fica no sítio Toco Preto, na zona rural do município. Para abrigar a família durante a noite, o agricultor improvisou uma cobertura para a carroceria com uma lona. Os sete integrantes da família se dividem em quatro colchões que permanecem no caminhão.

“Toda noite é a mesma coisa: a gente fica dentro de casa até o fim da novela e depois vamos para o caminhão dormir”, diz Maria Cavalcanti, a matriarca da família. “É melhor dormir aqui do que correr o risco da casa desabar na nossa cabeça”, relata o neto de Seu Cícero, Siderlei Bandeira Bezerra, de 12 anos.

Durante o dia a família tenta levar a vida normalmente. As crianças vão para a escola, Cícero segue para a cidade onde presta serviço de frete para a prefeitura e dona Maria cuida da casa. Ela é quem tem mais medo dos tremores. “Eu passo o dia inteiro com a porta aberta porque se precisar correr fica mais fácil. Por mim eu já tinha ido embora daqui. A gente não sabe que horas pode ter um tremor mais forte e Deus nos livre acontecer uma desgraça”, diz.

O quarto do casal, confortável e espaçoso, deve ficar vazio por um bom tempo. “A gente só vai voltar a dormir lá quando alguém disser que não vai ter mais tremor”, diz Cícero.

G1/RN