sábado, 22 de março de 2014

A força do Poder Dominante

Escrevo hoje me dirigindo diretamente a você PRODUTOR RUAL que vivenciou uma época em nosso Município, Lajes, encravado da Região do Sertão Central do nosso Estado onde o Grito do Produtor era ouvido além das fronteiras da Região. Naquela época o Produtor Rural, do pequeno ao grande, indiscriminadamente, tinha voz, principalmente depois da chegada a Lajes do saudoso Nélio Dias na condição de Produtor Rural. Pois bem amigos, hoje eu posso dizer: que saudade os Produtores da região sentem de Nélio Dias. Nélio movimentava toda a Região Central na busca de condições mais favoráveis para o homem do campo, em especial para sobreviver a uma seca que, a exemplo de hoje, se alastrava. E o que vemos hoje? O Produtor totalmente esquecido das providencias mínimas necessárias, no Município. Uma simples limpeza de um barreiro, o mandatário maior abdique de seu poder de autorizar ao se render a uma legislação discriminatória que limita a realização dos serviços a uma categoria, tão somente. Se não for vetada, rejeitada, entrará em vigor nos próximos dias. As providencias que chegam tem a linha de implantação do Partido dos Trabalhadores onde as associações ditam as regras e o Mandatário maior fica sem alternativa, sem voz, sem vontade política de enfrentar a turba, diante das eleições que se aproximam. Pois bem meu caro produtor, a nossa voz em Lajes que antes era ouvida através de um GRITO DA SECA se limita, hoje, tão somente, a um Sindicato da Categoria instalado em uma sala onde o próprio produtor não valoriza ao sonegar uma simples contribuição mensal insignificante tirando assim, do Sindicato, a força necessária para enfrentar o poder dominante bem mais organizado. O Grito da categoria, hoje, não passa de um sussurro onde as lideranças fraquejam diante da dependência com o poder, pela falta de condições mínimas para se manter. É essa a nossa triste realidade.


José Domingues de Carvalho Neto
Advogado e Produtor Rural