sexta-feira, 25 de abril de 2014

Petrobras virou uma "bodega"

Trabalhador em termo amplo é todo aquele que vive do seu trabalho. Isto inclui o escravo, o servo, o artesão e o proletário. Na atualidade, o Trabalhador é considerado legalmente como todo aquele que realiza tarefas baseadas em contratos com salário acordado e direitos previstos em lei – o formal. Recebem, em média, um salário mínimo ao final de casa mês pelo sangue e suor que, diariamente, dispendem para fazer jús ao seu ganha pão. Por que faço essa referência? Para mostrar o quanto a esta classe que aqui represento por duas categorias: o trabalhador braçal e o professor, são injustiçados. A força bruta é a encarregada de mover a nação, fazê-la prosperar. O Professor, com certeza a mais importante, pois é a responsável pela intelectualização de seu povo, a que forma todas as demais categorias, as inteligências que projetarão a nação como rica e soberana, pelo trabalho e liberdade de seu povo. Pois bem, politicamente falando, o Trabalhador está no Poder. Esperava-se uma vida melhor para a Nação já que tudo neste país é fruto do Trabalhador. Mais o que vivenciamos é uma vergonha, a classe menos favorecida, que é a maioria, cada vez mais subjugada pelo salário indigno, injusto, e a classe mais favorecida, a mais abastarda, se locupletando como temos visto em quase todos os governos que passaram. A esperança que o Partido dos Trabalhadores trouxe para a Nação, ao subir ao Poder, agora vai se esvaindo como o sangue que jorra do corpo inerte, sem vida. O caso da Petrobras poderia ser apenas mais um, porém torna-se o mais vergonhoso considerando que o Partido dos Trabalhadores transformou a Estatal na jóia rara do seu Governo, simbolo da antiprivatização ocorrida nos Governos passados, hoje, dilacerada pelos escandalos de malversação e locupletação de seu patrimônio. As noticias de hoje nos Jornais do Sul – O Globo -, deixa cada vez mais a população brasileira ciente de que o PT preservou a Petrobras, não como fonte de riqueza para a Nação mais tão somente como caixa para as suas pretensões políticas. E o que é pior, rebaixa a Companhia Petrolífera, uma grande empresa, a níveis de uma “bodega” de interior onde qualquer um pode autorizar, verbalmente, um saque de dez milhões, um “vale” no linguajar popular, sem nenhum compromisso com a responsabilidade.


José Domingues de Carvalho Neto
Advogado