TEMPESTADE PERFEITA

Foco Sertanejo
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No transcorrer dos acalorados debates na televisão, durante o período eleitoral passado, vimos rotineiramente a candidata governista repetir o bordão de que o país estava muito bem, que os resultados das pesquisas refletiam a euforia da população com o bom andamento da economia nacional e a imensa satisfação com os programas sociais mantidos pelo Governo Federal. O que se viu foi a política de jogar a isca para fisgar os incautos, ou seja, uma grande parte da população brasileira, que pela sua condição social, desempregadas, sem senso crítico mais apurado, com parcos recursos e dependentes daqueles programas sociais, ou seja, aqueles grupos de brasileiros que não podem comprar uma revista ou jornais para ler, que não assistem os telejornais da televisão, enfim, que não podem se manter devidamente atualizadas do que na realidade ocorre em nosso país. Diante desses fatos, discuto alguns pontos que concluo ser de importância ímpar para a população brasileira, pois o que está sendo projetado silenciosamente pelo Partido dos Trabalhadores é de grandes proporções e virá no futuro bem próximo afetar a todos os brasileiros.


FORO DE SÃO PAULO:

O foro de São Paulo, que a maioria da população desconhece, é um evento criado em 1990, idealizado pelo nosso ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Frei Beto e pelo personagem do fracassado sistema comunista, o ditador Cubano Fidel Castro, tendo ainda como coadjuvante o ex-presidente da Venezuela o Sr. Hugo Chavez. O foro de São Paulo tem como objetivo implantar em toda América Latina, o projeto bolivariano da “Grande Pátria”, que é o ressurgimento do comunismo na América Latina, ou seja, o resgate do que ocorreu na antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas – URSS, no Leste Europeu em 1917, quando Lênin e Trotsky adotaram as teorias de Karl Marx e Friedrich Engels, derrubando o regime czarista e proclamando a revolução do proletariado ou mais popularmente conhecida como revolução bolchevique. Foi dado segmento ao projeto pelo então ditador Stalin, que governou com mão de ferro durante várias décadas, provocando centenas de mortes daqueles que não queriam entregar suas propriedades ao Estado ou que faziam oposição, muitas vezes pelo simples fato de opinar contra os desmandos dos governos comunistas. Os países que adotaram este sistema, a partir de 1917, em quase a sua totalidade abandonaram esse sistema nefasto e adotaram o capitalismo e uma economia de mercado, rechaçando as orientações e a filosofia do comunismo antigo e ultrapassado. Em todo o mundo, restam apenas três países que ainda teimam em manter totalitariamente e com mão de ferro o sistema comunista, sendo ainda seus defensores ferrenhos: Vietnã, Coréia do Norte e Cuba. A China não se enquadra neste grupo, pois atualmente possui um sistema híbrido de socialismo e capitalismo de mercado, funcionando ambiguamente. Na América Latina este projeto vinha sendo financiado pela Venezuela, e após a morte de Hugo Chavez, a bola da vez passou para o Brasil, que teve a missão de financiar e manter o projeto. Sem divulgação na mídia, vai se alastrando pela América, onde já há um número substancial de países que adotaram os ditames do projeto, dentre eles a Nicarágua, Cuba, Venezuela, Equador, Bolívia e mais recentemente a Argentina. Nos discursos de saudação da vitória da presidente Dilma, todos os mandatários daqueles países foram unânimes em confirmar que a vitória do PT no Brasil, mantém e consolida o projeto da “grande pátria”.


ECONOMIA:

Apesar da divulgação incessante que a economia nacional vive uma euforia de otimismo, a realidade é bem diferente. O que temos realisticamente é endividamento externo e interno. No governo dos trabalhadores a dívida externa aumentou mais de um trilhão de dólares. Taxas de juros exorbitantes, sendo as mais altas em todo o mundo, inflação ascendente com previsão de poder chegar a 15% no próximo ano; inadimplência das empresas e da população. Crescimento de algo em torno de 0,67% previsto para 2014, ou seja, poderemos não atingir nem a ínfima cifra de 1%, crescimento mais pífio dos últimos 20 anos da nossa história. O Brasil será o lanterna de toda a América, onde nossos vizinhos ignorando a crise mundial, proclamada pelo governo, vão deixar o nosso país comendo poeira na corrida mundial. O inchaço da máquina pública impacta na folha de pagamento que saltou dos 44 bilhões no governo de Fernando Henrique Cardoso para R$ 79 bilhões no governo Dilma. Nos serviços básicos, como saneamento, saúde e educação o nosso país fica nos últimos lugares na classificação e comparação com os demais países europeus e também alguns da América do Sul.


POLÍTICA EXTERNA:

A política externa do Brasil, nos últimos 10 anos, consolida-se por contatos e aproximação com países que adotaram ditaduras fascistas em seu modelo de governo, como é o caso do Irã, onde o Brasil passou a ter relações comerciais muito próximas, a despeito dos demais países integrantes da ONU, que impuseram restrições comerciais e promoveram embargo econômico, diante da ameaça de continuidade do programa nuclear com a fabricação das bombas atômicas, utilizadas para fins não pacíficos. O presidente Lula ficou do lado do então ditador Mahmoud Ahmadinejad daquele país. Nesse ínterim manteve aproximação permanente com sistemas totalitários africanos, em detrimento dos países industrializados a exemplo da Alemanha, EUA, França, Inglaterra, Canadá, Itália e Japão, integrantes das Organizações das Nações Unidas e que possuem economias estruturadas e estabilizadas. Outra referência da nossa política externa é com a Venezuela, primerio com o ex-presidente Hugo Chavez e no momento, com o seu herdeiro Nicolás Maduro, que recentemente foi acusado pela ONU, de torturar presos e humilhar presos naquele país. Além dos regimes totalitários que aquela entidade partidária cultiva e mantém grande admiração e tem como referência em seus procedimentos, são os grupos e as organizações revolucionários das Américas, como é o caso das FARC –Forças Revolucionárias da Colômbia; Esquerda Unida do Perú, Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional de El Salvador; Frente Sandinista de Libertação Nacional da Nicarágua e do Movimento Bolívia Livre da Bolívia, todas essas entidades revolucionárias mantém cadeiras cativas no foro de São Paulo.


SEGURANÇA PÚBLICA:

O país passa por um período de intensa turbulência nas suas políticas de segurança pública, não vivemos uma guerra, mas no Brasil 55.000 brasileiros perdem a vida assassinados, com uma cifra que faz o país ter o maior número de mortes por homicídio do mundo. Comparando esses números, temos o caso do conflito da Síria, onde 56.000 civis perderam a vida durante os três anos do conflito. No Brasil ocorrem 55.000 mortes em apenas um ano. Outro exemplo da gritante insegurança pública do nosso gigante varonil é o que aconteceu na Guerra do Golfo, onde cerca de 175.000 pessoas morreram durante os oito anos da guerra, tornando-se o equivalente a três anos de mortes no Brasil.


POUPANÇA FRATERNA:

Foi apresentado à Câmara dos Deputados um projeto de Lei Complementar de nº 137/04, do deputado Nazareno Fonteles do PT do Estado do Piauí, onde aquele parlamentar propõe a criação da Poupança Fraterna, estabelecendo um limite máximo de consumo mensal que cada pessoa poderá utilizar para seu sustento e de seus dependentes mensalmente, durante sete anos.
O limite em votação adotará e será calculado pela renda per capita nacional mensal, que é calculada pelo IBGE e que segundo dados daquele instituto a renda que irá subsidiar e custear as despesas de cada família será de R$ 713,00 e os valores de rendimentos mensais acima deste limite será compulsoriamente direcionado para uma conta de poupança. Verdadeiro absurdo num mundo contemporâneo.


UM NOVO ESTADO, UMA NOVA CIVILIZAÇÃO

Aquela entidade partidária estuda junto ao seu staf a elaboração de um documento contendo algo em torno de 102 medidas, denominado de “Um novo Estado, uma nova civilização”, pregando uamá hegemonia petista e pretende implantar em nosso país, sob a justificativa de combate ao imperialismo, ao capital e ao lucro das empresas, medidas totalitárias que impactam nos direitos de liberdade, direitos de imprensa livre, direitos políticos dentre outros. Vejamos algumas proposições que aquele partido estuda e pretende levar ao Congresso Nacional para aprovação:
- adoção de sistema unicameral no âmbito da reforma política, onde regula a atuação do Senado Federal, limitando seus poderes e atuação;
- Reforma política;
- Retorno do projeto de criação dos conselhos populares;
- Regulação dos meios de comunicação;
- Regulação do capital financeiro e redução da autonomia do Banco Central;
- Regulação da atividade econômica com base na preservação ambiental;
- Desmilitarização da polícia militar.


CONCLUSÃO:

Neste finalzinho, não sei se poderia dar parabéns aos que votaram no partido governista dos trabalhadores, pois aqueles que o fizeram, votaram por conveniência, pelo terrorismo de que ficariam fora do Bolsa Família, que na vitória do PSDB, voltariam a miséria, caso o candidato oposicionista ganhasse a eleição. Mas esse contingente de eleitores foi usado maquiavelicamente para a manutenção de um grande projeto totalitário que pretende dominar e se perpetuar no poder e assim também concederam um aval para a manutenção do bolivarianismo, na consolidação do grande projeto da “Pátria grande”, nas ditaduras fascistas que se alastram na América Latina, por que estão todos juntos para a integração comunista. Caso essa utopia seja enraizada em nosso país, cairemos no vácuo do tempo, mais não é para o futuro e sim para o passado, voltaremos a antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas – URSS, Cuba, Coréia do Norte ou Vietnã, onde seus habitantes enfrentam longas filas para comprar produtos básicos, inclusive papel higiênico; que possuem um sistema de caderneta para anotação das cotas de alimentos, onde são anotadas as quantidades que cada família pode obter mensalmente; Passaremos andar em carros da década de 50; não teremos mais acesso a telefonia móvel, pois a telefonia móvel e internet são privilégios dos mandatários do poder, veja o exemplo da Coreia do Norte, onde apenas o ditador e seus assessores possuem o direito de telefonar e navegar na internet. Será que é esse o país que queremos? Desculpem, mas ia esquecendo de justificar o título deste artigo “tempestade perfeita”, termo muito comum usado pelos economistas, classe da qual tenho a honra de fazer parte, que remetem a problemas generalizados e que foram perfeitamente anunciados e previstos, não por bola de cristal e sim pela veracidade e andamento dos fatos. Em tempo: enquanto estava redigindo este artigo, o governo acabou de autorizar aumento dos combustíveis e da conta de energia, faltando ainda dos telefones, água, etc. Para aqueles que votaram no Partido dos Trabalhadores, neste momento, a presidente retribui os 54 milhões de votos.


Ailton Teixeira de Almeida - Bacharel em Ciências Econômicas e concluinte do Curso de Ciências Contábeis; Pós-graduado em Administração Pública e em Controladoria Governamental.






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