sexta-feira, 17 de julho de 2015

Márcia Maia faz leitura de nota de repúdio à chacina contra mulheres em Itajá

Foto: João Gilberto
Em pronunciamento na sessão ordinária desta quinta-feira (16), a deputada Márcia Maia (PSB) fez a leitura de uma nota de repúdio manifestando indignação pelo crime ocorrido na madrugada da última quarta-feira (15), em Itajá, onde cinco mulheres foram assassinadas.

A nota destaca que o fato das vítimas serem prostitutas não justifica qualquer ato de violência, seja qual for o caráter ou intensidade da agressão.

Em aparte, a deputada Cristiane Dantas (PCdoB), que assina a nota ao lado de Márcia, citou a ocorrência de outro homicídio que também vitimou uma mulher na manhã de hoje no bairro do Alecrim, em Natal.

Segue íntegra da Nota de Repúdio

A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, por meio das deputadas estaduais Márcia Maia e Cristiane Dantas, manifesta publicamente indignação e repúdio pelo assassinato brutal de cinco mulheres, na cidade de Itajá, região do Vale do Assu, na madrugada da quarta-feira (15).

É impensável que o fato de as cinco vítimas praticarem a prostituição seja argumento plausível para abonar qualquer ato de violência, seja qual for o caráter ou intensidade da agressão. Nunca, sob qualquer circunstância, haverá justificativa para um crime.

O número de crimes violentos contra mulheres cresceu em 39% entre 2011 e 2014 no Rio Grande do Norte, de acordo com o Observatório da Violência do Conselho Estadual de Direitos Humanos e Cidadania - Coedhuci.

A torrente da violência de gênero engrena uma crescente nos últimos anos em que, considerando apenas os índices de crescimento dessa barbárie, torna-se possível prever que, até 2050, caso nada se altere em termos de prevenção, teremos mais de 330 mil mortes entre a população feminina.

Neste sentido, a defesa de uma política pública de inclusão social e de gênero urge. De imediato, com a presença de um policiamento ostensivo que ofereça a sensação de segurança ao potiguar e venha a inibir a ação dos criminosos. E, em médio e longo prazo, a promoção de uma ação coordenada para implantação de uma política de estado consistente contra a violência de gênero que encerre o pesadelo diário da morte de mulheres no Rio Grande do Norte.

A sociedade, em especial as mulheres de todo o estado, exigem das autoridades que o caso seja tratado com a importância simbólica que detém e que os responsáveis sejam logo identificados e punidos com o rigor da Lei.

Esta Casa Legislativa oferece as condolências e a solidariedade à família, e defende de maneira incondicional o direito inalienável à vida, sem distinções, longe da opressão e violação de direitos mitificadas pela questão de gênero.


Assembleia Legislativa do RN
Assessoria de Comunicação