Em meio às dificuldades para consolidar uma base sólida no Congresso Nacional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu investir em uma nova estratégia de articulação política. Segundo informações do jornal O Globo, o chefe do Executivo tem priorizado o diálogo direto com os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), enquanto atribuiu à ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), a tarefa de tratar com os líderes das bancadas partidárias.
A mudança representa uma tentativa do Palácio do Planalto de reorganizar a articulação “de cima para baixo”, concentrando o esforço político nas cúpulas das duas casas legislativas. A iniciativa, no entanto, ainda não dissipou a insatisfação de lideranças do Centrão, que seguem cobrando maior interlocução direta com o núcleo do governo.
Participação privilegiada na agenda internacional - Um dos sinais mais evidentes da nova tática presidencial está na própria agenda de Lula. Apenas nos primeiros meses deste ano, o presidente levou Alcolumbre a três viagens internacionais: Japão, Vietnã e China. Hugo Motta também esteve presente em algumas dessas missões oficiais. Ambos acompanharam Lula ainda ao Vaticano, durante o funeral do Papa Francisco.
Pautas prioritárias e entraves internos - Com o novo arranjo político, o Planalto busca acelerar a aprovação de projetos considerados estratégicos. Entre eles, estão a isenção do Imposto de Renda para rendimentos de até R$ 5 mil mensais, a tramitação da PEC da Segurança Pública — sob relatoria de um parlamentar da oposição — e a tentativa de barrar o avanço da proposta que prevê anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro. Nesta última, discute-se uma alternativa: substituir o perdão por uma redução de pena.
A substituição de Juscelino Filho no Ministério das Comunicações também escancarou a centralização da articulação. A negociação para definir um novo nome ficou, sobretudo, entre Lula e Alcolumbre. cação no site com formatação HTML ou adequação para redes sociais.
Fonte: Brasil 247